segunda-feira, 16 de junho de 2008

O amor acaba, ou ele não existe?

Sempre ouvi dizer que amor único e verdadeiro, incondicional, só existe entre mãe e filho. Será?
Lembro-me de uma época, em que ouvia meus pais se chamarem de “chuchu”. Uma forma carinhosa e diferente, entre tantas as outras que são ditas entre casais apaixonados, amantes, eternos enamorados. Não me recordo da época exata em que acontecia essa manifestação de afeto, nem a idade que tinha. Só sei dizer, que com o passar do tempo, esse enunciado perdeu-se pelo caminho, e nunca mais ouvi da boca, nem de um nem de outro, a não ser referindo-se ao fruto.
O apelido afanou, o carinho passou, o amor acabou. Eles, após 25 anos de casados, não vivem mais no mesmo teto, muito menos conversam. Me pergunto, o amor, acabou, ou nunca existiu?
É uma resposta que não sei, talvez nunca saberei. Nem sei se há alguém, que me possa explicar. Amor entre amigos, irmão, entre pais e filhos, este sim, eu sei e posso afirmar, não é utopia. Mas e numa relação, marido e mulher, como fica o coração?
Gostaria de chegar ao fim dos meus dias e poder afirmar, sim, o amor, ele existe! Ele não acaba, ele é infinito. Mas, onde será que ele está? Me encontrou, me encontrará? O amor é substituível? Podemos trocar de amor, quando ele não é correspondido, ou ele não o é? Não é amor?
Amor não é desejo? Um lampejo de vaidade e alimento ao ego? Já não sei, já pensei, e a nenhum lugar alcancei. Amor é tudo, e ao mesmo tempo, o amor, é nada!

Um comentário:

Marcos Forte disse...

Amor Daia, existe. Garanto que existe.

Não querendo incluir aqui um clichê, mas o amor consiste em querer todos os dias... toda hora... a todo momento... ele só é possível se compartilhado.

Quando apenas uma das partes ama, o amor padece e morre.

bj,

Marcão.