A grande opção de entretenimento na TV leva à preocupação sobre a educação infantil
Quando foi criado o primeiro programa infantil, em 1955, Clube do Guri, já se percebia a necessidade de ter um produto voltado ao universo infantil. A única opção das crianças na época eram os programas de auditório, e não tinham ainda uma consciência educativa.
Hoje, são muitas as opções que a garotada encontra ao ligar o aparelho eletrônico. Mas essa expansão acabou trazendo para dentro dos lares uma preocupação, tanto dos pais quanto dos educadores. A preocupação é referente à qualidade dos programas infantis exibidos, se eles afetam no crescimento e desenvolvimento da criança e como ocorre esse processo.
O programa da Xuxa, iniciou na Rede Manchete, com estilo originário do circo. Onde a apresentadora era o centro das atenções e chamava outras atrações. Ao passar dos anos foram se aprimorando os modelos de programas, onde educador e comunicador se uniram. Foi onde surgiu o Castelo-Rá-Tim-Bum. Atualmente, mesmo não sendo de exclusivo caráter educativo, o programa da Xuxa apresenta atividades pedagógicas.
Agregar Valores
Depende da visão, local, cultura, onde o telespectador está inserido, para poder avaliar se o programa infantil pode ser educativo ou não.
A apresentadora Xuxa, ao olhar fixamente nos olhos dos baixinhos e passar uma informação importante pode e certamente causará mais impacto nas crianças, do que a mesma informação ser passada num programa denominado educativo, através de uma música por exemplo. A música agradará aos ouvidos, será cantada e decorada, mas pode não ser entendida no seu contexto. Pode não fazer as crianças relacionarem a letra ao dia-a-dia. Isso também varia de acordo com a idade de cada telespectador.
Segundo a psicóloga, Dra. Sônia Lia Litwinczuk, a TV afeta as crianças porque elas não têm formação suficiente para distinguirem os conteúdos, não conseguem assimilar se gostam ou não o que estão vendo. As crianças absorvem todas as informações passivamente.
Vender
Na televisão, ou em qualquer outro meio de comunicação, busca-se de fato saciar os interesses comerciais. Objetos, acessórios, centenas de coisas chamam a atenção da criançada nas lojas, por serem menções aos personagens e desenhos que assistem diariamente nas telas.
Para Ana de Ava Câmara Silva, que é gerente de produção da RBN/Rio, o problema da baixa qualidade dos programas infantis é a preocupação apenas com a lucratividade. Os profissionais deveriam antes, saber os interesses e opiniões dos telespectadores. Pesquisar o que eles gostariam de ver na TV, e somente depois montar uma programação, onde telespectador e os interesses comercias da mídia, saiam beneficiados.
O ideal é manter o equilíbrio entre a TV comercial e a TV educativa. Quando a criança aprende se divertindo, ela aprende muito mais e melhor. Mas como se dá o equilíbrio? Não há uma regra básica a ser seguida. Depende de cada lar, de cada contexto familiar, valores. O mais importante, é reconhecer o papel da escola e da família, sendo que todos nós temos responsabilidades sobre a televisão. Assim como os pais determinam e escolhem as escolas para seus filhos estudarem, cabe a eles também ficarem atentos na programação que seus filhos assistem. A escola pode usar a televisão como uma aliada, e não vê-la como fonte de dinheiro e manipulação. Pode buscar recursos para complementar na didática em sala de aula e assim ajudam a traçar uma linha de programação adequada aos seus alunos.
Paradigma
Um programa educativo é aquele que é capaz de interagir com seu público, e desperta a reflexão e o sentido. Traz conhecimentos e reforça a aprendizagem formal. Por isso, vale ressaltar, que não adianta por a culpa toda nas empresas de comunicação e mídia em relação à baixa qualidade dos programas para os baixinhos, se os maiores espelhos deles, os pais, continuam a assistir programas de baixa qualidade e sem critérios seletivos.
Abaixo você poderá tirar suas próprias conclusões em relação aos programas exibidos e os interesses gerais da população no que se refere entretenimento e educação. Na tabela você encontra os motivos reais que levam os pequenos a ficarem horas e horas da semana diante do aparelhinho mágico, onde tudo é capaz de acontecer. Confira e veja onde você se encaixa e aproveite para refletir sobre seus dias diante da televisão.
Porque as crianças assistem TV?
Diretora e criadora dos programas Castelo Rá-Tim-Bum, X-Tudo, Cocóricó e Programa da Cultura, da TV Cultura, Beatriz Rosenberg pesquisou e chegou numa relação de nove razões básicas que motivam as crianças a assistirem televisão.
1. Passar o tempo/Hábito de ligar o aparelho: Motivo mais citado pelas crianças. Fator que pede mais atividades para ocupar o tempo livre.
2. Escapismo: Usam a TV para escapar de algum problema, algum aborrecimento.
3. Companhia: Não só as crianças utilizam a televisão como companhia, mas o motivo citado por elas é porque estão sozinhas em casa, ou o adulto que a acompanha está ocupado com outra tarefa e não dá atenção.
4. Aprender sobre as “coisas”: A criança em fase de formação usa a televisão para descobrir como funcionam as coisas e ainda se diverte.
5. Aprender sobre “si mesmo”: Ver outra criança na tela funciona como uma espécie de espelho. Os programas que as crianças mais gostam são os que farão a diferença e marcarão para o resto da vida.
6. Tema de conversa: Aos 7 ou 8 anos de idade começam a distinguirem os programas por sexo. As meninas preferem personagens femininos, enquanto meninos gostam de desenhos animados de lutas e aventuras. Ao assistirem os mesmo conteúdos, se cria um mundo em comum, onde conversam e brincam com base na mídia.
7. Babá eletrônica: Quando os pais deixam os filhos em frente à televisão porque não podem dar atenção aos filhos ou estão cansados.
8. O prazer da fantasia: A criança usa a imaginação, se envolve nas histórias, sem correr os verdadeiros perigos da vida real.
9. Estímulo emocional: As crianças gostam de se sentirem estimuladas por desafios e emoções. Assistem porque dá medo, faz chorar, ou ainda porque ficam na expectativa do que vai acontecer.
Quando foi criado o primeiro programa infantil, em 1955, Clube do Guri, já se percebia a necessidade de ter um produto voltado ao universo infantil. A única opção das crianças na época eram os programas de auditório, e não tinham ainda uma consciência educativa.
Hoje, são muitas as opções que a garotada encontra ao ligar o aparelho eletrônico. Mas essa expansão acabou trazendo para dentro dos lares uma preocupação, tanto dos pais quanto dos educadores. A preocupação é referente à qualidade dos programas infantis exibidos, se eles afetam no crescimento e desenvolvimento da criança e como ocorre esse processo.
O programa da Xuxa, iniciou na Rede Manchete, com estilo originário do circo. Onde a apresentadora era o centro das atenções e chamava outras atrações. Ao passar dos anos foram se aprimorando os modelos de programas, onde educador e comunicador se uniram. Foi onde surgiu o Castelo-Rá-Tim-Bum. Atualmente, mesmo não sendo de exclusivo caráter educativo, o programa da Xuxa apresenta atividades pedagógicas.
Agregar Valores
Depende da visão, local, cultura, onde o telespectador está inserido, para poder avaliar se o programa infantil pode ser educativo ou não.
A apresentadora Xuxa, ao olhar fixamente nos olhos dos baixinhos e passar uma informação importante pode e certamente causará mais impacto nas crianças, do que a mesma informação ser passada num programa denominado educativo, através de uma música por exemplo. A música agradará aos ouvidos, será cantada e decorada, mas pode não ser entendida no seu contexto. Pode não fazer as crianças relacionarem a letra ao dia-a-dia. Isso também varia de acordo com a idade de cada telespectador.
Segundo a psicóloga, Dra. Sônia Lia Litwinczuk, a TV afeta as crianças porque elas não têm formação suficiente para distinguirem os conteúdos, não conseguem assimilar se gostam ou não o que estão vendo. As crianças absorvem todas as informações passivamente.
Vender
Na televisão, ou em qualquer outro meio de comunicação, busca-se de fato saciar os interesses comerciais. Objetos, acessórios, centenas de coisas chamam a atenção da criançada nas lojas, por serem menções aos personagens e desenhos que assistem diariamente nas telas.
Para Ana de Ava Câmara Silva, que é gerente de produção da RBN/Rio, o problema da baixa qualidade dos programas infantis é a preocupação apenas com a lucratividade. Os profissionais deveriam antes, saber os interesses e opiniões dos telespectadores. Pesquisar o que eles gostariam de ver na TV, e somente depois montar uma programação, onde telespectador e os interesses comercias da mídia, saiam beneficiados.
O ideal é manter o equilíbrio entre a TV comercial e a TV educativa. Quando a criança aprende se divertindo, ela aprende muito mais e melhor. Mas como se dá o equilíbrio? Não há uma regra básica a ser seguida. Depende de cada lar, de cada contexto familiar, valores. O mais importante, é reconhecer o papel da escola e da família, sendo que todos nós temos responsabilidades sobre a televisão. Assim como os pais determinam e escolhem as escolas para seus filhos estudarem, cabe a eles também ficarem atentos na programação que seus filhos assistem. A escola pode usar a televisão como uma aliada, e não vê-la como fonte de dinheiro e manipulação. Pode buscar recursos para complementar na didática em sala de aula e assim ajudam a traçar uma linha de programação adequada aos seus alunos.
Paradigma
Um programa educativo é aquele que é capaz de interagir com seu público, e desperta a reflexão e o sentido. Traz conhecimentos e reforça a aprendizagem formal. Por isso, vale ressaltar, que não adianta por a culpa toda nas empresas de comunicação e mídia em relação à baixa qualidade dos programas para os baixinhos, se os maiores espelhos deles, os pais, continuam a assistir programas de baixa qualidade e sem critérios seletivos.
Abaixo você poderá tirar suas próprias conclusões em relação aos programas exibidos e os interesses gerais da população no que se refere entretenimento e educação. Na tabela você encontra os motivos reais que levam os pequenos a ficarem horas e horas da semana diante do aparelhinho mágico, onde tudo é capaz de acontecer. Confira e veja onde você se encaixa e aproveite para refletir sobre seus dias diante da televisão.
Porque as crianças assistem TV?
Diretora e criadora dos programas Castelo Rá-Tim-Bum, X-Tudo, Cocóricó e Programa da Cultura, da TV Cultura, Beatriz Rosenberg pesquisou e chegou numa relação de nove razões básicas que motivam as crianças a assistirem televisão.
1. Passar o tempo/Hábito de ligar o aparelho: Motivo mais citado pelas crianças. Fator que pede mais atividades para ocupar o tempo livre.
2. Escapismo: Usam a TV para escapar de algum problema, algum aborrecimento.
3. Companhia: Não só as crianças utilizam a televisão como companhia, mas o motivo citado por elas é porque estão sozinhas em casa, ou o adulto que a acompanha está ocupado com outra tarefa e não dá atenção.
4. Aprender sobre as “coisas”: A criança em fase de formação usa a televisão para descobrir como funcionam as coisas e ainda se diverte.
5. Aprender sobre “si mesmo”: Ver outra criança na tela funciona como uma espécie de espelho. Os programas que as crianças mais gostam são os que farão a diferença e marcarão para o resto da vida.
6. Tema de conversa: Aos 7 ou 8 anos de idade começam a distinguirem os programas por sexo. As meninas preferem personagens femininos, enquanto meninos gostam de desenhos animados de lutas e aventuras. Ao assistirem os mesmo conteúdos, se cria um mundo em comum, onde conversam e brincam com base na mídia.
7. Babá eletrônica: Quando os pais deixam os filhos em frente à televisão porque não podem dar atenção aos filhos ou estão cansados.
8. O prazer da fantasia: A criança usa a imaginação, se envolve nas histórias, sem correr os verdadeiros perigos da vida real.
9. Estímulo emocional: As crianças gostam de se sentirem estimuladas por desafios e emoções. Assistem porque dá medo, faz chorar, ou ainda porque ficam na expectativa do que vai acontecer.
2 comentários:
Primeira matéria da revista. Vale lembrar que não foi corrigida ainda pela professora Ieda. E a edição que está no blog não é a mesma edição feita para as páginas da revista, que estão em duas colunas, com olho e retranca, tudo bonitinho... no blog não consegui manter a mesma paginação. Quando tiver respostas da prof. sobre os pontos a melhorar, estarei comentando aqui. bjus
Os comentários?
Só maravilha!!!
Parabéns menina!!!
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